17.12.12

eu e dezembro


Dezembro é um mês esquisito.  Ele é o último do calendário, mas é nele também que mora o espírito de renovação. Já viu que depois de 31 nada mais acontece por dentro? Bem, pelo menos é assim pra mim.

A gente se queixa da correria de dezembro. E é justo, porque correr atrás dá trabalho mesmo. No entanto, já reparou que isso tudo também dá resultado? Essa loucura ‘dezembriana’ vira a vida da gente. Mas vai dizer que olhar as coisas por outro ângulo não é bom?

A cada ano, quando vai chegando setembro, outubro, o discurso comum já começa “esse ano passou rápido... voou”. Tsc... E a gente ainda não acostumou? Não. A gente não acostumou, não vai acostumar e muito menos quer isso.  Pra que sair do lugar comum? Do conforto? É mais seguro, né? Pois é...

Pois eu acho que aí é que começa a minha defesa a dezembro. 

Dezembro mexe. Dezembro sacode. Dezembro acorda.

Dezembro é final de ciclo. É tentativa. É risco.

Dezembro pira. E inspira.

Dezembro é busca de sorte. Já me tirou o norte, e no meio sempre me será coração.

Dezembro é intenso. Vai ao extremo. Dezembro, definitivamente, não é ameno. 

Dezembro é sol de tirar a pele.  Dezembro dá vontade de tatuar.

Dezembro é tempo de registro. É foto com todo mundo de branco. 

Dezembro é um mês que a gente sempre lembra onde e com quem estava sem esforço algum.

E mesmo quando alguma coisa muito ruim acontece num dia de dezembro, os demais são tão especiais que nos abraçam. E nos fazem sorridentes de novo. Pro novo. 

Dezembro nos prepara. Dezembro nos exige crescimento. Nos faz prometer. Não pra alguém, mas para nós mesmos. 

Dezembro vai do fundo do poço, ao mais profundo lugar da alma.

E quando chega o último minuto, segundo de dezembro, a gente só pode mesmo comemorar. Não seu fim, mas a enxurrada de emoções vividas. E depois disso, a gente vai passar mais onze meses juntando, acumulando. Para desaguar tudo de novo, em mais um dezembro...

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