24.2.11

era uma casa, muito engraçada

como que quando criança, quando bastava ser o primeiro a subir na árvore e escolher o melhor galho...

bem, mas qual é o melhor galho de uma linda, imensa e velha árvore, situada numa fazenda no interior do rio grande do sul?

uma grande árvore velha tem galhos de todos os tipos.

tem aqueles primeiros, que nem galhos são, são troncos! sim, uma árvore assim consegue ter mais de um tronco. esses dão casas seguras, estáveis, pois para morar no tronco basta um "pézinho" do irmão que já se sai do chão.

depois vêm aqueles galhos de onde já se enxerga mais longe. se consegue ver a casa abaixo, ter um primo como vizinho, talvez outro galho de apoio - que pode virar sua cozinha na árvore! ... isso tudo a uma altura segura para um possível tombo.

mas quem já subiu em árvores, sabe que é impossível parar na casa do segundo andar.

quem gosta dessa brincadeira, sabe que o barato está em ir mais alto. na sensação de liberdade que existe em enxergar a lavoura, o açude, o horizonte.... e sentir o galho balançando com o vento, mas não temer, porque confia naquela raíz, naqueles galhos...

confia principalmente na própria escalada.

ando assim. buscando curtir o vento.

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a resposta para pergunta lá em cima?? o seu galho.

JOÃO vizinhos sempre MARIA

23.2.11

biutiful is biutiful

Ontem à tarde fui ao cinema.
Em busca de um encontro comigo mesma, quis ir sozinha. A princípio assistiria o mais cotado a levar a estatueta do Oscar, Cisne Negro. No entanto, involuntariamente fui me dirigindo à outro shopping da cidade, onde Javier e seus fantasmas me esperavam. Mal sabia eu que ao chegar na bilheteria para comprar meu ingresso teria todos, to-dos, os lugares a minha disposição. Eu poderia mudar de cadeira a cada 3 minutos de filme se quisesse, ou se Iñárritu não tivesse mais uma vez cumprido seu ofício.
Eu estava sozinha. Eu estava num mar de poltronas vermelhas, sozinha. Um segundo depois da porta fechar, as luzes se apagaram e talvez nesse momento eu tenha ficado um pouco mais sozinha ainda. E apesar dessa solidão toda, me sentia cheia, completa. E completamente entregue à tudo que começaria a ver e viver. E a cada cena que meus olhos assistiam, mais tomada pelo filme me sentia.
Biutiful me mostrou tantos detalhes que a vida nos dá, e que na maior parte das vezes nem percebemos o quanto mudam tudo. Uma relação interrompida antes mesmo de acontecer consegue ser a essência de um filme lindo, sensível, e talvez mal compreendido por muitos telespectadores. É mais óbvio não enxergar o "beautiful" em Biutiful.
Quem assistir Biutiful vai se deparar com o decadente. Com a agonia de um pai a beira da morte por um câncer. Com a parte podre de uma mãe. Com sexo, drogas, mortandade, comportamentos ilícitos.
Mas quem olhar com mais atenção, ou quem tiver a incrível chance de estar completamente só no cinema, mergulhado em tudo que se passa em cada uma daquelas vidas, conseguirá chegar ao belo. Verá o lado branco. A cor da neve, que impera do princípio ao fim em Biutiful.

11.2.11

E agora?

E agora? Qual é o próximo passo?
Fui tomada pelo vazio dos pontos de interrogação.
Então vou estudar meu texto. Aqui, na minha... ou nem mais tão na minha, já que posso agora estar também na sua. Na sua casa, no seu trabalho....

Mundo doido.... esse meu.

10.2.11

A primeira vez

Sempre fui um tanto quanto avessa às tantas tecnologias disponíveis nos dias de hoje. Nada radical. Puro medo de exposição excessiva. Meu celular se limita a fazer ligações. Meu luxo, tratando-se desse aparelhinho, é enviar mensagens de texto. Orkut, Facebook, Twitter, Flip, Plaf, Tuff, não são minha praia. Ansiosa que sou, a tecnologia me sufocaria se embarcasse na dela. Ou, no mínimo, me levaria à falência.
Mas tudo tem sua primeira vez. E mesmo que tardia na visão da maioria, hoje o prazer é todo meu.